sábado, 25 de outubro de 2008

Fatorial Solidão 10:00!

Chovia. Depois das vinte e duas horas. Ventava. Sozinha. Aquela porcaria de sombrinha da casa china quebrara. A chuva caia e com o vento forte chicoteava. A face molhada, escorria. Gelava. Passei o relógio das flores. Já enxarcada. Descendo a rua das boates gays, com pressa. Ou medo, sei lá. Sem ter um número pra ligar. Uma tábua de salvação para agarrrar. A calça molhada. Pesava. No chão arrastava. A bolsa, presa ao corpo, como que em assédio. Grudara.
Mantive a sombrinha fechada. E já fudida pela chuva. Caminhava. Talvez quem olhasse não entendesse. Uma mulher ensopada. Carregando nas mãos, uma sombrinha fechada.

Nenhum comentário: