segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Deleuze re-organize meu corpo!!!!


Um coração que bate no estomâgo. Vomito, fragmentando meu respirar. Pulmão que inspira em meu útero. Até as ancas estalar. Um útero que por sua vez, não sai da cabeça. Menstruando meu pensar.

Pretendo trégua! É difícil, Deleuze, tenha dó de mim. Re-organize, des-complique. Não há de existir um alguém que me queira assim.

sábado, 25 de outubro de 2008

De elogios e sobras

Tudo que escrevi, a internet apagou... Só restou, essa sobra ...

Fotos e memórias de uma Strega muito louca... Cuidado, moço às vezes parece erva, parece hera cuidado com essa gente que gera essa gente que se metamorfoseia metade legível, metade sereia.

Fatorial Solidão 10:00!

Chovia. Depois das vinte e duas horas. Ventava. Sozinha. Aquela porcaria de sombrinha da casa china quebrara. A chuva caia e com o vento forte chicoteava. A face molhada, escorria. Gelava. Passei o relógio das flores. Já enxarcada. Descendo a rua das boates gays, com pressa. Ou medo, sei lá. Sem ter um número pra ligar. Uma tábua de salvação para agarrrar. A calça molhada. Pesava. No chão arrastava. A bolsa, presa ao corpo, como que em assédio. Grudara.
Mantive a sombrinha fechada. E já fudida pela chuva. Caminhava. Talvez quem olhasse não entendesse. Uma mulher ensopada. Carregando nas mãos, uma sombrinha fechada.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

HOMEM sindicalizado.

Ele jura não pertencer ao sindicato, mas sempre age como sócio respeitado.
Usurpa, mente, usa e joga fora sem demoras vai embora, com novo amor.
Já fui tua melhor amiga, tua companheira, tua sina, já fui tudo isso um dia.
O que lhe faz acreditar ser diferente e não pertencer ao sindicato??? Se tudo que faz é o mais puro regulamento nato.

Parado Caralho!

Tá, se os muros pararem de passar e os portões de andar, eu agradeço.
A cabeça demorasse a oscilar, assim, o instante permaneceria.
Não quero clima, não quero tensão. Quero qualquer bosta, que ultrapasse a mera consideração...
A verdade, se ela existir, uma vez que seja, apareça.
Meus pés estão cansados, meus joelhos machucados .............................................................................
........................................................................................... E cada copo que penso fazer a dor passar, dói como alcool em ferida aberta, arde.
Eu não sou legal, não tenho teorias geniais, não proponho nada.
Sempre a Advogada do diabo, a ácida....
Pero, (cafona pra cacete) me sinto melhor do teu lado, me sinto verdade, me sinto mais pura, me sinto mais tua, me sinto mais puta... me sinto melhor, que agora.

E o teu silêncio....... \E o teu silêncio, não machuca, massacra.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Passou rápido por aqui, mas passou...

Indomado, entre rebeldes cachos,
Traz consigo um coração educado, a sonhar.

Delira acordado, louco em divagar,
Dedilha cordas, esperando a paz chegar.

És o vento que bagunça a sala, muda tudo sem cessar.
Deixando as coisas erradas no seu devido lugar.

(Fevereiro 2006)

Ao meu Caro Amigo Mário Carta,

Memórias de um coração (2005)


Preciso urgente de um destruidor de memórias,
Se acaso me fosse possível.
Segue abaixo a lista requisitada:

Começaria apagando
Um restaurante indiano em dia de chuva,
Um beijo assustado, e o olhar azulado.

Continuaria por apagar
A colcha azul com estrelas,
Os sorrisos de orelha a orelha.

Seguiria derretendo as velas,
Desligando o som,
E fechando para sempre a dita janela.

Esqueceria a panqueca azarada,
As notas tocadas,
E as respostas erradas.

As muitas investidas contra o teclado,
O travesseiro em meio à noite roubado,
O eu te amo sussurrado.

As despedidas demoradas,
A saudade encarcerada,
Entre tantas, a madrugada.

E depois de tudo apagado,
Peço somente que as enterre em cova rasa,
Sem cerimônia, nem nada.

Dizendo somente:
“Memórias apagadas.”

domingo, 19 de outubro de 2008

Domingos

Em suma, Meu amor
Sussura
Resmunga
Excomunga
Fodido é como uma puta
Na rua
Sem lua
Como surra
Que bate e machuca
Recusas!!!
Que o amor só te usa.

Ka black

Quando vi kafka
Incrédulo amor à primeira vista
Alienante, pedante, ciumento

Domínio sem domínio
Sub verbo
Acredito

Fiz o que devia
Devir, faria
Kafka, fudeu o meu dia.