quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Sobre o poço II

É difícil reconhecer que se é uma bússola sem norte, uma arma sem pólvora, um rasgo sem corte. A caneta sem tinta que cansou de escrever, os tornozelos sem pés que cansaram de dançar. Sobre a mesa um questionário sem nome, um endereço sem número e se vivo é só um golpe de sorte. Sob um domo cruel, que não me deixa ver nem sentir nada.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sobre o poço.



Mae West por Salvador Dalí.

A vida quase sempre parece um jogo de acomodação. As mudanças acontecem, algumas contornamos com facilidade, e as que não conseguimos superar, geram dor e frustração, e enquanto você não se Acomoda à ela... ela dói. Eu luto à não me acomodar, mas é difícil quando as paredes do poço não cedem. E não me venham com filosofias orientais de superação e auto-ajuda, o otimismo hoje não me serve.